Tornar a web mais acessível não é apenas uma questão técnica, é uma responsabilidade ética e coletiva. E, a partir de agora, esse caminho está mais claro para quem comunica, projeta e desenvolve em português. No dia 27 de março, o Ceweb.br, centro ligado ao NIC.br, lançou oficialmente a tradução autorizada das Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG) 2.2, um documento técnico do W3C – World Wide Web Consortium, que define os padrões internacionais para uma internet mais justa e acessível.
A nova versão amplia as diretrizes anteriores (WCAG 2.1) e oferece orientações atualizadas para tornar sites, sistemas e plataformas digitais mais acessíveis a pessoas com diferentes tipos de deficiência, física, sensorial, cognitiva ou neurológica. Agora disponível com chancela oficial e em português, o conteúdo traz recursos importantes para que mais profissionais e organizações se comprometam, de fato, com uma web que acolha a diversidade humana.
Acessibilidade é um princípio, não uma etapa
Na Candiá Produções, trabalhamos com a convicção de que acessibilidade não é um diferencial técnico ou uma etapa a ser “inserida depois”. É estrutura desde o início, e faz parte das decisões que moldam a forma como cada pessoa navega, compreende e interage com o mundo digital.
É por isso que consideramos esse lançamento um marco. Mais do que um documento técnico, as WCAG 2.2 são ferramentas práticas para criar experiências digitais mais humanas, mais seguras e mais democráticas.
Quando um site não segue essas diretrizes, tecnologias assistivas, como leitores de tela, navegação por teclado ou comandos por voz, podem interpretar incorretamente o conteúdo, bloqueando o acesso e a autonomia de milhões de pessoas. Garantir acessibilidade é garantir direitos. E isso começa na escolha de cada botão, de cada cor, de cada palavra.
O que muda com a WCAG 2.2?
As atualizações trazem recomendações mais robustas para:
- Navegação com comandos alternativos, facilitando o uso por pessoas com mobilidade reduzida;
- Formulários mais acessíveis, com instruções claras e validação eficiente;
- Processos de autenticação acessíveis, como login sem captcha visual;
- Adaptação a múltiplas plataformas, desde celulares até dispositivos assistivos;
- Aprimoramento da experiência para pessoas neurodivergentes, com atenção ao preenchimento, foco e previsibilidade.
Esses ajustes não beneficiam apenas pessoas com deficiência: eles tornam a navegação melhor para todos, inclusive quem acessa de áreas remotas, com internet limitada ou dispositivos antigos.
Comunicação com acessibilidade é comunicação com responsabilidade
Na Candiá, levamos isso a sério. Desenvolvemos sites, plataformas e campanhas com base nos princípios de acessibilidade desde o planejamento até a entrega. Nossa equipe aplica os quatro pilares das diretrizes WCAG, perceptível, operável, compreensível e robusto, e trabalha com design inclusivo, linguagem clara, contraste adequado, testes com ferramentas assistivas e foco em usabilidade real.
Mais do que isso, oferecemos consultoria e capacitação para equipes que querem tornar seus projetos digitais mais acessíveis, mas não sabem por onde começar. Acreditamos que cada site pode ser uma porta aberta ou uma barreira invisível. Por isso, criamos com atenção, escuta e compromisso.
Porque todas as pessoas importam
A publicação da WCAG 2.2 em português é um avanço importante, mas o trabalho só começa quando cada organização, coletivo e equipe decide implementar essas diretrizes com seriedade. Acessibilidade não é só sobre tecnologia, é sobre garantir que mais vozes participem, mais pessoas entendam e mais histórias sejam contadas.
Projetar com acessibilidade é abraçar a diversidade desde o início, é criar espaços digitais onde as pessoas não precisam pedir permissão para entrar. É reconhecer que a comunicação, para ser verdadeiramente transformadora, precisa ser para todas as pessoas.
📄 Acesse a tradução oficial das Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG 2.2): https://www.w3.org/Translations/WCAG22-pt-BR/
Artigo produzido com informações do Ceweb.br.
0 comentários