Projetando para Acessibilidade “O que fazer” e “o que não fazer”

Pensando na importância da conscientização sobre o design inclusivo, a equipe de Acessibilidade do Serviço Digital do Governo de Londres publicou em seu blog um artigo chamado “O que fazer” e “o que não fazer” ao projetar para Acessibilidade. Composta por doze pessoas, sendo cada um especializado em algum tipo de deficiência (cegueira e baixa visão, dislexia, autismo, TDAH, surdez, saúde mental e deficiência motora),  a equipe produziu um conjunto de cartazes com diretrizes gerais sobre melhores práticas de design para tornar os serviços acessíveis e inclusivos.

O material disponibilizado inicialmente no site do governo britânico, foi traduzido pelo designer Brasileiro Marcelo Sales, que atua com  design da experiência (UX), mas tem a acessibilidade como principal causa e disseminação de conhecimento.

Projetando para acessibilidade 7 Comunicação e marketing para marcas, causas, eventos e cultura

Descrição para cegos: ilustração sobre acessibilidade que traz ícones que representam grupos contemplados: autistas, deficientes auditivos, disléxicos, baixa visão, deficientes físicos, leitores de tela. Traz mensagem afirmando que “Home Office, Data and Technology tem o objetivo de criar serviços excepcionais para todos. Compreender a acessibilidade significa que podemos construir serviços que funcionam para todos, independentemente da necessidade de seu acesso. Estes cartazes mostram como você pode tornar seu serviço acessível para diferentes necessidades” Em seguida convida interessado a enviar mensagem para access@digital.homeoffice.gov.uk para se envolver e ajudar a tornar os serviços do Home Office acessíveis por padrão.”

O material está disponível em alta definição para download e impressão neste link: 

https://github.com/UKHomeOffice/posters/tree/master/accessibility/dos-donts/posters_pt-BR

Confira o que dizem os Cartazes…

Projetando para acessibilidade 6 Comunicação e marketing para marcas, causas, eventos e cultura

“Projetando para usuários com transtorno do espectro autista”

Fazer

– use cores simples
– escreva de forma clara e simples
– usar frases e marcadores simples
– criar botões descritivos — por exemplo, “anexar arquivos”
– construir layouts simples e consistentes

Não fazer

– use cores contrastantes brilhantes
– usar figuras de linguagem ou expressões idiomáticas
– usar grandes blocos de textos
– criar botões vagos ou imprevisíveis — por exemplo, “clique aqui”
– construir layouts complexos e desordenados

Projetando para acessibilidade 5 Comunicação e marketing para marcas, causas, eventos e cultura

“Projetando para usuários deficientes auditivos ou surdos”

Fazer

– escreva de forma clara e simples
– usar legendas e/ou fornecer transcrições para vídeos
– construir layouts simples e consistentes
– dividir o conteúdo com sub-títulos, imagens e vídeos
– permitir que o usuário escolha o seu melhor meio e comunicação

Não fazer

– usar figuras de linguagem ou expressões idiomáticas
– usar conteúdo apenas em áudio ou vídeo
– construir layouts complexos e desordenados
– construir longos blocos de conteúdo
– não permita que o telefone seja o único meio de comunicação para usuários

Projetando para acessibilidade 4 Comunicação e marketing para marcas, causas, eventos e cultura

 “Projetando para usuários com dislexia”

Fazer

– Usar imagens e diagramas para acompanhar texto
– alinhe textos a esquerda e manter a consistência do layout
– considere produzir materiais em outros formatos — por exemplo: áudio e vídeo
– mantenha o conteúdo curto, claro e simples
– permitir que os usuários alterem o contraste entre plano de fundo e texto

Não fazer

– use grandes blocos de texto
– sublinhar palavras, usar itálico e escrever em maiúsculas
– forçar usuários a lembrar coisas de páginas anteriores — forneça lembretes e avisos
– depender de ortografia correta e precisa — forneça autocorreção ou sugestões
– colocar muita informação em um só lugar

Projetando para acessibilidade 3 Comunicação e marketing para marcas, causas, eventos e cultura

“Projetando para usuários com baixa visão”

Fazer

– usar bons contrastes e um tamanho de fonte legível
– publicar todas as informações diretamente em páginas HTML
– usar combinação de cores, formas e texto
– construir layout linear e lógico garantindo boa leitura em ampliações
– construir botões e notificações dentro de um contexto

Não fazer

– use baixo contraste e tamanho de fonte pequeno
– “esconder” informações em arquivos para download
– usar apenas cor para transmitir significado
– espalhar conteúdo por toda a página e forçar usuário a rolar a tela em ampliações
– separar ações do seu contexto

Projetando para acessibilidade 2 Comunicação e marketing para marcas, causas, eventos e cultura

“Projetando para usuários com deficiência física”

Fazer

– criar grandes áreas clicáveis
– espaçamento entre campos de formulários
– projetar para usar apenas teclado ou voz
– projetar para telas móveis e tocáveis em mente
– fornecer atalhos

Não fazer

– necessidade de precisão
– agrupamento de interações próximas
– conteúdo dinâmico que requer muito movimento do mouse
– exibir mensagens em um curto período de tempo
– cansar usuários com muita digitação e rolagem

Projetando para acessibilidade 1 Comunicação e marketing para marcas, causas, eventos e cultura

 “Projetando para usuários de leitores de tela”

Fazer

– descrever imagens e fornecer transcrições para vídeo
– construir um layout linear e lógico
– estrutura de código baseado em HTML5
– construir para uso apenas do teclado
– excrever links e títulos auto-descritivos

Não fazer

– mostrar informações apenas em imagem ou vídeo
– espalhar conteúdo por toda a página
– estrutura dependente do tamanho do texto e do posicionamento
– forçar uso do mouse ou da tela
– escrever links e títulos não informativos — por exemplo, “clique aqui”

Conheça também o projeto do brasileiro Marcelo Sales “ Todos por Acessibilidade” http://acessibilida.de/

Publicado: 16 ago, 2021

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conheça a autora

Valéria Amorim

Especializada em comunicação, marketing e eventos, atuante no mercado desde 2008. Transita entre projetos de fomento à cultura, comunicação popular, meio ambiente, direitos humanos e empreendedorismo. Em 2016 fundou a Candiá Produções, uma agência 360º que atua de forma integrada no desenvolvimento de estratégias personalizadas, gerando soluções assertivas e experiências memoráveis para marcas, empresas e organizações. Em 2021 tornou-se Embaixadora Women Techmakers (WTM BR) – programa global do Google para promover a inclusão das mulheres na área da tecnologia, e em 2022 foi certificada como Associada de Marketing Digital Meta – certificação que concede credenciais e reconhece as qualificações e competências dos profissionais de marketing em criar, publicar e monitorar campanhas nos produtos da Meta: Facebook, Messenger for Business e Instagram.

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